domingo, 10 de julho de 2011

O PT E O FUTEBOL




Cuiabá vai sediar a Copa de 2014.
Todo mundo diz que é pai da criança.
Vejamos, no entanto, que desde o fracassado sonho de 1950, cognominado de “Maracanazzo”, os governos que se sucederam, tentaram em vão, trazer novamente a Copa do Mundo para terem condições de desfazer essa imagem negativa do futebol pentacampeão do mundo.

Nesse longo tempo, passaram ditadores, presidentes eleitos e aqueles que assumiram o cargo máximo da nação por outros caminhos.
Em comum, especialmente, os dois últimos Presidentes da República foi a luta ferrenha de sediar o mais importante evento do esporte bretão.
Apenas o último, calcado em um governo com respaldo e confiança internacional, com país economia equilibrada e com sinais evidentes de crescimento.
Este presidente era Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.
Então a Copa do Mundo em Cuiabá, tem sim, a chancela, o aval, a competência e a credibilidade do governo PT.
Imagine como poderia ser melhor ainda, se no governo do Estado tivesse um petista alinhado com os projetos do governo federal e que me diz da Prefeitura Municipal? Mas, me dirão: Ah!
Mas são dá base!!!
Sim. E agem como se não fossem.
No Estado nos últimos tempos o PT tem sido desconstruído, tanto que na AGECOPA não existe ninguém alinhado com o PT.
Dirão mas, não pode ter filiação partidária.
Sim, é verdade, mas aqueles que lá estão qual ideologia comungam?
Prova disso é que ainda não existe um projeto em andamento para a formação do cidadão para o esporte, os jogos, as competições, não tem incentivo para escolas públicas terem franqueado ingressos e alas inteiras apenas de crianças e adolescentes junto com seus professores conhecendo o esporte e tendo noções teóricas e práticas para poderem compreender e ter o melhor proveito do intercâmbio que uma Copa do Mundo podejavascript:void(0) oferecer.
Mas, isso são pensamentos petistas.
E, haveria naturalmente de se ter planejamento, organização e participação popular, algo que apenas os governos, com gestores públicos esse grau de comprometimento são capazes de realizar. Mas, com tudo isso, não empunhem bandeira dizendo-se como mentores, criadores ou qualquer coisa similar, pois se a Copa vem para Cuiabá é porque o Brasil teve um governo petista, teve um Luiz Inácio Lula da Silva, a escolha das subsedes atende a um pedido deste homem público com o objetivo de desenvolver e abrir novos produtos de turismo para incrementar o desenvolvimento e fomentar a geração de emprego e renda.

Hilda Suzana Veiga Settineri

sábado, 9 de julho de 2011

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E AUDIÊNCIA PÚBLICA

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO











Aconteceu neste dia 8 de julho, em Cuiabá, uma audiência pública para discutir o Plano Nacional de Educação – PNE.
Como professora, cresceu minha vontade de conhecer quais seriam as linhas apresentadas e como haveria de ser a discussão com os demais profissionais da área.
Tenho percebido que poucas pessoas tiveram acesso ao esboço do PNE que se está discutindo e por isso, a contribuição não tem sido tão valiosa como poderia ser.

Apesar disso, a existência de um plano já sinaliza avanços, até porque a educação brasileira tem evoluído significativamente nos dois últimos governos petistas.

O esforço dos organizadores, talvez fosse mais proveitoso se o momento fosse outro.

Há que se lembrar que recentemente os professores estiveram com o movimento paradista reivindicando melhorias e voltaram a sala de aula, sem que os principais pedidos tenham sido atendidos, por isso, podem ter desmotivado uma participação mais efetiva nas discussões.

Independente disso, todos sabemos do esforço individual e coletivo dos professores em oferecer uma educação com mais qualidade.
Mas, qual relação disso com o Plano Nacional de Educação?
Simples.
Sobre qual realidade está se projetando as linhas gerais?
No processo ensino-aprendizagem dois atores são fundamentais e indispensáveis: professor e aluno.
Não haverá condições de se projetar ganhos de qualidade de aprendizagem para o educando, se, no mesmo nível não houver ganhos nesse processo para o professor, como uma relação dialógica.

De outro modo, o PNE será melhor implementado com suas prioridades, ao que me parece algo bastante sintético, com um numeral aproximado de trinta, se construído sob a base dos direitos e necessidades dos dois principais atores sociais do processo, do contrário, se intelectualiza o processo e se cria a subespécie do dirigismo.
Entendo, e louvo, o esforço dos organizadores, contudo, concordar não significa “amém”, nem aceitar o popular “cara-crachá”.
No PT, a concordância aplaina caminho para reduzir as diferenças e permitir a construção de bases para um diálogo aprofundado, que é o que está ocorrendo com esses movimentos estratégicos.

Claro que existe uma identidade do PT como Partido compromissado com a educação, tanto que as maiores conquistas ocorreram em governos petistas e, nesse particular, deve ser engrandecida a iniciativa realizada nesta data.

Contudo, ainda, pondero, precisamos melhorar os instrumentos de participação popular, entre eles, a audiência pública para que não seja palanque, mas ponte para permitir ao cidadão manifestar e defender suas considerações a respeito de temas específicos.

Com todas as críticas que se possam ter, é PT, e é característica do Partido dos Trabalhadores a busca da participação popular e da criação de condições para que o cidadão dia o que pensa e o que quer do Estado.
Hoje foi a educação mas, oportunamente haverão outros temas de interesse da sociedade trazido por esta instituição política a serviço da coletividade.

Hilda Suzana Veiga Settineri

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Não existe uso seguro de agrotóxicos. Entrevista especial com Wanderlei Pignati



por roberto@centroburnier.com.br

Autor/Fonte/Link: http://www.ihu.unisinos.br/

Intoxicações crônicas que, em longo prazo, resultam em câncer, descontrole da tireoide, do sistema neurológico em geral, surdez, diminuição da acuidade visual e até mesmo Mal de Parkinson são possíveis problemas de saúde causados pelos agrotóxicos. De acordo com o médico sanitarista Wanderlei Pignati, quem trabalha com saúde pública não deixa de se perguntar onde foram parar os conteúdos dos temíveis frascos de agrotóxicos.

Produtos banidos pela União Europeia continuam a ser usados no Brasil, país do mundo que mais emprega pesticidas em suas lavouras. Por que razão isso continua a ser permitido, questiona . Onde está o comprometimento com o ambiente, como um todo? A situação é tão grave que, além de serem encontradas nos alimentos, na água, no solo, no ar, essas substâncias foram detectadas, inclusive, no leite materno.

Conforme Pignati, na entrevista que concedeu por e-mail à IHU On-Line, “vários tipos de agrotóxicos se depositam na gordura e muitos deles, como os clorados, nunca mais saem dela. É o caso do endosulfan. Quando a mulher produz o leite para amamentar seu filho, esse líquido terá agrotóxico em sua composição. Isso porque o leite é composto por 2 a 3% de gordura”.

Como se isso não fosse assustador o bastante, o médico é categórico ao afirmar que é impossível um uso totalmente seguro dos agrotóxicos. Mesmo que sejam usados equipamentos de proteção individual pelos trabalhadores que fazem as aplicações nas lavouras, “esses produtos penetram pela mucosa de pele, do olho, da orelha das pessoas, e inclusive pela respiração”.

Wanderlei Pignati é graduado pela Universidade de Brasília – UnB, especialista em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo – USP, mestre em Saúde e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT e doutor em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Fundação Oswaldo Cruz com a tese Os riscos, agravos e vigilância em saúde no espaço de desenvolvimento do agronegócio no Mato Grosso. Estuda a contaminação das águas e as bacias, além de participar de uma pesquisa no município de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso do Sul, onde há cinco anos houve um grande acidente de contaminação por agrotóxicos por pulverização. Atualmente, leciona na UFMT.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Quais são as principais consequências do uso de agrotóxicos para as águas, no caso, os rios e suas nascentes, bacias e os lençóis d’água?

Wanderlei Pignati – A água é um dos componentes ambientais para onde os resíduos de agrotóxicos vão. Com o uso intensivo de agrotóxicos na agricultura brasileira isso vem se agravando. No ano passado, foram usados cerca de um bilhão de litros de agrotóxicos em nosso país, do tipo que se compra em agropecuárias. Não estou falando do agrotóxico diluído. Um litro de herbicida comprado nesses estabelecimentos é diluído em 100 litros de água para fazer a calda e pulverizar. Isso tem um destino, e parte vai para combater aquilo que se costuma chamar de “pragas da lavoura”. São insetos e ervas classificadas como daninhas, como os fungos. Uma parte vai para o solo, outra evapora e vai para o ar. Uma outra condensa e vai para a chuva, e outra ainda vai para o lençol freático. Essa ida dos agrotóxicos para o lençol freático é o que irá deixar resíduos na água potável ou na água dos rios, córregos e do Pantanal, inclusive. Isso terá impactos na saúde dos animais e dos seres humanos.

O grande problema, na verdade, não são as embalagens vazias de agrotóxicos. Claro que o ideal é que elas sejam recolhidas, pois em sua maioria são feitas de plástico. Mas quem se preocupa com a saúde pública e ambiente como um todo se pergunta onde foi parar o que estava dentro desses frascos. Esses produtos vão parar nesses componentes ambientais, inclusive nos alimentos. Resíduos de agrotóxicos podem ser encontrados não só na água, mas nos alimentos, na chuva, ar, solo. Quando falo de resíduos de agrotóxicos nos alimentos, refiro-me inclusive ao leite materno.

Fizemos uma pesquisa e constatamos a presença de agrotóxicos no leite materno de mulheres matogrossenses. Na cidade de Lucas do Rio Verde, interior do Mato Grosso, é usada larga quantidade de agrotóxicos nas culturas da soja, milho e algodão. Isso se reflete nos alimentos produzidos e, inclusive, no leite materno. Vários tipos de agrotóxicos se depositam na gordura e muitos, como os clorados, nunca mais saem dela. É o caso do endosulfan. Quando a mulher produz o leite para amamentar seu filho, esse líquido terá agrotóxico em sua composição. Isso porque o leite é composto por 2 a 3% de gordura. Assim, inclusive a própria criança pode ser prejudicada. A análise de resíduos de agrotóxicos no leite materno é, portanto, muito importante. Foi o que fizemos, analisando dez tipos diferentes desses produtos. Todos eles estavam presentes no leite de 62 mulheres dessa cidade. Isso é muito problemático, pois o alimento que deveria ser o mais puro da nossa vida está também contaminado. Espero que sejam tomadas medidas para que isso não continue a ocorrer.

IHU On-Line – Quais as principais sequelas para a saúde humana provocadas pelos agrotóxicos?

Wanderlei Pignati – Essa discussão é bastante ampla. Primeiramente, falo sobre as intoxicações agudas por agrotóxicos, que têm aumentado muito no Brasil. Dessas intoxicações, salvamos 99% das pessoas intoxicadas. Exceções ocorrem em casos de que tenha sido ingerida uma quantidade muito grande de produtos tóxicos, como em caso de tentativas de suicídio ou envenenamento proposital de terceiros. Também há os casos extremos em que uma pessoa que aplicou ou preparou os agrotóxicos não fez o uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, intoxicando-se fatalmente.

Mas o grande problema são as intoxicações crônicas, cuja exposição ocorre a baixas doses durante meses e anos. Após um período mais longo de tempo, podem surgir problemas como câncer, descontrole da tireoide e do sistema neurológico, além de diabetes. Especula-se, ainda, que uma das causas do Mal de Parkinson esteja associada ao efeito cumulativo de agrotóxicos. Surdez, diminuição da acuidade visual e outros distúrbios neurológicos também são frequentes. Quando uma mulher está em seus primeiros três meses de gestação e entra em contato com agrotóxicos, pode ocorrer má formação fetal. Portanto, são várias as consequências para a saúde causadas por esses produtos, desde intoxicações agudas até aquelas de caráter crônico. Saliento que os problemas dependem igualmente do tipo de agrotóxico utilizado.

IHU On-Line – Qual é a especificidade do caso de Lucas do Rio Verde em relação ao uso de agrotóxicos?

Wanderlei Pignati – Não sei se o Mato Grosso é o estado mais crítico do Brasil em termos de uso de agrotóxicos. Dos quase um bilhão de litros desses produtos usados no ano passado no Brasil, o Mato Grosso é o maior consumidor porque é o maior produtor de soja, milho e gado. É preciso lembrar de que, inclusive nas pastagens para o gado, são usados agrotóxicos. Nesse estado se cultiva 50% do algodão brasileiro, produto que utiliza mais agrotóxicos por hectare. O uso intensivo, em média, no Brasil, é de dez litros de agrotóxicos por hectare de soja plantado. Isso abrange fungicidas, herbicidas, inseticidas e dissecante para secar a soja para a colheita. O milho usa em torno de 5 litros de agrotóxico por hectare, enquanto a cana usa em torno de quatro litros. Já o algodão emprega aproximadamente 20 litros dessa substância por hectare. Esse problema é grande no país inteiro, mas no Mato Grosso a dimensão é maior em função de este estado ter a maior produtividade nacional. Em segundo está São Paulo, seguido pelo Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins e Minas Gerais. Temos uma equipe com a qual fazemos diversas pesquisas, junto da Fiocruz do Rio de Janeiro e divulgamos esses dados.

IHU On-Line – Quais os riscos de contaminação por agrotóxicos na água que bebemos?

Wanderlei Pignati – Se você tem um grande consumo do princípio ativo glifosato na região, que é o agrotóxico mais consumido no Brasil, você irá encontrá-lo na água. Há os clorados, que são mais “persistentes” em se desfazerem, como o endosulfan, que ainda não foi banido. A previsão é que isso aconteça somente em julho de 2013. Há, ainda, a atrazina, um herbicida bastante persistente e liberado para uso nas lavouras. Ambos aparecerão na água. É preciso lembrar também dos fungicidas que, se forem usados para combater a ferrugem da soja, irão ser encontrados na água da forma mesma que os outros.

Há, contudo, uma legislação dos agrotóxicos que delimita máximo de contaminação permitida na água. Na verdade, isso nem deveria acontecer. É um absurdo! Como é que se pode permitir algum tipo de agrotóxico na água? Temos que fazer uma análise dos agrotóxicos mais consumidos na região para vermos qual é o tipo de contaminação que vamos supor. Tudo depende da solubilidade do agrotóxico, da sua persistência, se foi usado perto de rios ou córregos, se o lençol freático é profundo ou superficial. Na maioria das vezes há a contaminação desses componentes ambientais em suas mais variadas formas.

O mesmo pode-se dizer dos alimentos que irão conter esses produtos. Todos os tipos de agrotóxicos usados nos alimentos serão posteriormente encontrados neles. A isso chamamos de resíduos nos alimentos. Eles podem ser encontrados no tomate, pimentão, abobrinha, arroz, soja ou milho.

IHU On-Line – Como poderia se constituir um movimento social de vigilância sanitária e ambiental que envolvesse não só entidades do governo, mas a sociedade civil de forma organizada e participativa?

Wanderlei Pignati – A vigilância em torno dos agrotóxicos existe, de certa forma. Ela limita inclusive o registro, a venda e aplicação dos produtos. A lei regulamenta isso. A maioria dos estados tem suas leis próprias quanto a isso. Contudo, grande parte dessas legislações não são cumpridas. Então, a primeira questão é o cumprimento dessas leis, como no que diz respeito à pulverização perto de rios, córregos, e a pulverização aérea, que nós, médicos sanitaristas, lutamos para proibir. Mesmo assim, existe hoje uma legislação do Ministério da Agricultura e Pecuária – MAPA, a Instrução Normativa n. 2, de 2008, que permite pulverizar agrotóxicos de avião a, no mínimo, 500 metros de distância das nascentes de águas, onde moram populações e em que há criação de animais. Isso, na maioria das vezes, não é respeitado, como ocorre no Mato Grosso. As legislações estaduais quanto à pulverização terrestre constam que o limite é de, no mínimo, 250 metros afastados dessas nascentes, de criação de animais e moradia humana. Mesmo assim, não são respeitadas. Planta-se e pulveriza-se até encostado nas residências, sobretudo em comunidades rurais e nas pequenas cidades do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul e no Sul do Paraná. As pulverizações aéreas e terrestres são feitas sem nenhum respeito.

Em segundo lugar, há toda uma discussão a ser feita pela vigilância sanitária nacional e dos estados para tentar proibir os agrotóxicos que já são banidos na União Europeia. Por que estamos consumindo, ainda, o endosulfan, o metamidofós, o 2,4-D e paraquat? Esses são os produtos mais consumidos no Mato Grosso.

São mais de 30 tipos de agrotóxicos bastante consumidos no Brasil que são proibidos na União Europeia. Alguns já têm legislação que irá proibi-los, como o endosulfan, que a partir de julho de 2013 será tirado do mercado. O metamidofós sai de circulação a partir de julho de 2012. Mas e os outros?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa está fazendo a revisão de 14 tipos de agrotóxicos, mas não consegue avançar porque os produtores dessas substâncias entraram com uma ação na justiça. Um juiz federal concedeu liminar exigindo que a Anvisa suspendesse a revisão. Veja o absurdo. O processo iniciado em 2008 ficou mais de um ano parado e foi retomado somente agora. Com toda a dificuldade, a Anvisa vem insistindo no processo.

É preciso haver uma consciência dos grandes produtores de que se está proibido lá fora, aqui deve ocorrer o mesmo. Por que continuar a usar agrotóxicos dessa natureza? Por que é mais barato? Ou por que é mais eficiente? Mas qual é o custo em termos de saúde humana, animal e vegetal, do ambiente como um todo?

Precisamos pensar na saúde da água, porque o nosso organismo é composto de 70% de água, e se aquela que consumimos estiver contaminada com agrotóxicos, isso irá prejudicar nosso corpo. Então, repito: é preciso respeitar a legislação e proibir no Brasil os agrotóxicos que já são proibidos lá fora.

Também é preciso que a população se conscientize e não consuma produtos que têm agrotóxicos no seu desenvolvimento. Todos os anos o Ministério da Saúde coloca no Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos e vê os resultados dos últimos anos. Desde o ano 2000, dos vinte tipos de alimentos analisados, a maioria contém agrotóxicos. Tem que haver uma divulgação mais ampla para a sociedade. A vigilância sanitária só irá funciona se a população se conscientizar e mobilizar para isso. Há uma campanha nacional contra o uso de agrotóxicos lançada no I Simpósio Brasileiro de Saúde Ambiental, em Belém, em dezembro de 2010, com o apoio da Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco. A iniciativa chama-se Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida. A primeira audiência pública aconteceu dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, no Congresso Nacional.

IHU On-Line – Podemos falar em “uso seguro dos agrotóxicos”?

Wanderlei Pignati – Não. Essa é outra discussão que precisa ser desmistificada. O uso totalmente seguro dos agrotóxicos é impossível. Os agrotóxicos penetram pela mucosa de pele, do olho, da orelha das pessoas, inclusive pela respiração. Se o trabalhador que aplicar esse produto estiver vestido como um astronauta (porque é assim que se parecem os EPIs criados para proteger os trabalhadores da contaminação por esses produtos), ele quase não será atingido ou contaminado. Isso porque a eficiência do filtro químico é de 80 a 90%, e com as moléculas dos novos agrotóxicos essa eficiência diminui mais ainda, pois há algumas delas que penetram no filtro de agrotóxicos da máscara e prejudicarão quem está realizando a aplicação. O efeito pode levar de cinco a dez anos para ser sentido. Pode não haver um impacto imediato. Mas e a segurança do ambiente, como fica? Será colocado EPI nos peixes, bois, cachorros e plantas que não se quer afetar? Não existe, portanto, uso seguro de agrotóxicos. O ambiente será poluído com substâncias cujo objetivo é matar as “pragas” da lavoura mas, com isso, cria-se todo um ônus ambiental.

sábado, 2 de julho de 2011

Passagem de ônibus interestadual já está mais cara em Mato Grosso



Por Lisânia Ghisi

O preço das passagens de ônibus em algumas linhas interestaduais já foi alterado pelas empresas que atuam em Mato Grosso. O consumidor que precisar viajar para outro estado deve ficar atento aos novos valores da tabela. Isso porque a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou por meio da Resolução 3.689, publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (27), o reajuste de 4,639% na tarifa vigente do transporte interestadual e internacional de passageiros semi-urbanos (até 75 km).


A agente de vendas, Susana Santos, conta que os consumidores já sentiram no bolso o reajuste. “Eles reclamam, mas já vêm preparados para pagar a diferença”. De acordo com ela, o preço da viagem entre Cuiabá a Campo Grande, por exemplo, aumentou de R$ 89 para R$ 93. A passagem para Goiânia que custava entre R$ 76 e R$ 95 aumentou para a média de R$ 100.


Em outra empresa, o vendedor Robson Moraes ressaltaou que o valor da passagem foi reajustado para a maioria das linhas, salvo algumas passagens que devem sofrer o aumento nos próximos dias, como o percurso para Belo Horizonte, cujo custo ainda é de R$ 218 por pessoa. “Mas deve subir para R$ 240”, acrescentou.


Já a viagem para São Paulo aumentou de R$ 162 para R$ 170. Apesar do aumento, as empresas que trabalha no segmento continuam investindo em promoções afim de atrair mais passageiros. (G1/MT)

Bombeiros fazem buscas por criança desaparecida há 10 dias no rio Cuiabá


Publicado em 02/07/2011 10h11min
Por Lisânia Ghisi

Mergulhadores do Corpo de Bombeiros continuam as buscas pelo menino de 10 anos que desapareceu no rio Cuiabá há 10 dias.


De acordo com informações de familiares, o garoto brincava no rio com um grupo de amigos, no município de Barão de Melgaço, a 121 quilômetros da capital, na região de Porto Cercado, quando desapareceu, no dia 23 de junho.


Ainda segundo a família, o menino pulou no rio, afundou e não apareceu mais na superfície. A equipe de mergulhadores faz buscas na manhã deste sábado (2) na região, na tentativa de encontrar o corpo da criança.


No dia do desaparecimento, aproximadamente 15 crianças e adolescentes estavam no local, mas elas só perceberam a ausência do menino quando saíram do rio. (G1/MT)

Link original deste post:
Bombeiros fazem buscas por criança desaparecida há 10 dias no rio Cuiabá
Publicado em 02/07/2011 10h11min
Por Lisânia Ghisi

Mergulhadores do Corpo de Bombeiros continuam as buscas pelo menino de 10 anos que desapareceu no rio Cuiabá há 10 dias.


De acordo com informações de familiares, o garoto brincava no rio com um grupo de amigos, no município de Barão de Melgaço, a 121 quilômetros da capital, na região de Porto Cercado, quando desapareceu, no dia 23 de junho.


Ainda segundo a família, o menino pulou no rio, afundou e não apareceu mais na superfície. A equipe de mergulhadores faz buscas na manhã deste sábado (2) na região, na tentativa de encontrar o corpo da criança.


No dia do desaparecimento, aproximadamente 15 crianças e adolescentes estavam no local, mas elas só perceberam a ausência do menino quando saíram do rio. (G1/MT)

Blogueiro marcado para morrer.

Blogueiro marcado para morrer. Cadê os "Progressistas"?

Ontem o grande e solidário jornalista-blogueiro Celso Lungaretti fez um apelo em seu blog, Náufrago da Utopia, em defesa da vida de Antuérpio Pettersen Filho, do jornal eletrônico Grito Cidadão. Ver abaixo.

Pettersen vem sofrendo ameaças de morte por ter feito denúncia gravíssima contra delegado da Polícia Civil.

O ABC! e esta blogueira, que também vive situação de risco, manifestam aqui sua solidariedade ao cidadão blogueiro Antuérpio Pettersen Filho. E faz um apelo aos colegas: divulguem em seus blogs a situação do blogueiro Pettersen, manifestem seu apoio.

Blogueiros "Progressistas": vocês que falam em nome de nós todos, que adoram aparecer e sair na foto ao lado do Lula e de ministros do governo, que se consideram donos da blogosfera... vocês, mesmos, "medalhões" e "tubarões", nossos "comandantes", tá na hora de "descerem do salto" e cuidarem um pouco das "bases"... Abram espaço em seus blogs em defesa de um colega!

Em defesa da Vida e da Liberdade de Expressão!

ALERTA VERMELHO: BLOGUEIRO MARCADO PARA MORRER PEDE SOCORRO


"Chamo a sua atenção para a matéria Julio Cesar: delegado é acusado de formar milícia no ES. Veja se pode me apoiar divulgando o caso, pois estou ameaçado de morte."

Recebi este apelo do bravo guerreiro Antuérpio Pettersen Filho, que preside a Associação Brasileira de Defesa do Indivíduo e da Cidadania e edita o jornal eletrônico Grito Cidadão.

Veterano de muitas batalhas, o Pettersen é a última pessoa do mundo de quem possamos suspeitar de alarmismo. Afianço: a ameaça é séria e todos que puderem ajudar em algo devem fazê-lo o quanto antes.

O motivo são as denúncias que ele vem fazendo contra Julio César Oliveira Silva, delegado de Polícia Civil que Pettersen acusa de ser remanescente do Esquadrão da Morte e continuar até hoje envolvido com o crime organizado.

Isto, aliás, se verificou também com seu extinto congênere paulista, desbaratado pelo promotor Hélio Bicudo. Inicialmente protegido pela ditadura militar, o bando do delegado Sérgio Paranhos Fleury perdeu o apoio da caserna quando Bicudo provou que nada tinha de justiceiro, apenas exterminando traficantes menores a soldo de um traficante maior, que queria eliminar a concorrência.

Eis a ficha do delegado Júlio Cesar, segundo o blogueiro:

"Até outro dia ocupando o cargo de Chefia Geral de Polícia Civil, (...) o delegado de Polícia Civil Julio César Oliveira Silva [é] egresso de breve carreira na Polícia Federal, (...) membro atuante da proscrita Escuderia Le Cocq, banida por determinação do Ministério Público, ainda assim, ocupante do mais alto cargo na hierarquia da Polícia Civil capixaba, famoso por suas ligações com o submundo do crime... [Agora ocupa] o cargo de delegado titular da Divisão de Promoção Social da Polícia Civil, órgão que maneja licenças médicas e afere legalidade para o porte de arma dos policiais civis, (...) onde tem menos visibilidade, (...) no entanto, vem o Delegado usando das suas faculdades para promover seus interesses pessoais e escusos".



Por estar na mira de inimigos extremamente perigosos, Pettersen decidiu encaminhar "pedido de medidas protetivas de vida ao Ministério Público Federal, próprias do Programa de Proteção a Testemunhas, a fim de que sejam tolhidos os que compõem a gangue que parece ter assumido o controle da Polícia Civil capixaba".

O alerta está lançado: nossa solidariedade talvez venha a representar a diferença entre a vida e a morte para Pettersen!
Náufrago da Utopia